terça-feira, 9 de dezembro de 2014

A Direção do Cristianismo Radical


O que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida (João 8:12)


Seguir a Cristo! o que isso significa para você? essa pergunta pode não fazer sentido, diante do fato de que tanta gente vem professando ser cristã e ser seguidora de Cristo. A fé cristã, é um relacionamento com Cristo, mas trata-se de um relacionamento correto, e isso é imperativo, porque a primeira estrutura espiritual desse relacionamento é a obediência a Deus! essa é a base de um relacionamento equilibrado e verdadeiro. Jesus tem sido claro com relação a isso, ele afirma: "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o  que me ama”(João 14:21) Logo a seguir no versículo 23 ele afirma “Se alguém me ama, guardará as minha palavra, e meu Paio amará, e viremos para ele e faremos nele morada” aqui está um principio maravilhoso! Você não percebe? O Cristo glorioso e seu Pai celestial fazendo morada, no nosso homem interior, se você vai ao inicio do capitulo 14 de João, Jesus exorta os discípulos a não ficarem turbados com as circunstâncias, ele então explica que na casa do Pai há muitas moradas e em seguida afirma que vai preparar lugar, e então voltará para buscá-los. Antes de preparar um lugar na casa do Pai, se faz mister que Deus Pai e seu Filho maravilhoso estejam morando em nosso coração.
A intensidade desse relacionamento, então precisa ser real, isso é uma aproximação com Deus, uma intimidade na pratica, os que moram em uma casa são os mais próximos um do outro, o relacionamento dentro de uma morada é intimo, é extremamente pessoal
Essa é a realidade espiritual que alicerça as verdades e os fatos da vida cristã.
Quando Jesus diz que  da a luz da vida,essa é a luz que nos ilumina para enxergarmos as realidades eternas que estão em Cristo Jesus nosso Senhor, pois nele estão escondidos todos os tesouros espirituais que estruturam todas as coisas verdadeiras.
As vezes somos confrontados com verdades desconfortáveis, por exemplo, não é verdade que os incrédulos tenham mais afeto pelo pecado do que  maioria dos cristãos pelo Senhor? E não é verdade também o fato de que os incrédulos se esforçam mais por buscarem a satisfação da carne do que os cristãos atuais em terem experiência de satisfação espiritual?
Podemos crer (E isso para a maioria é mera suposição mesmo!) que em Cristo estão todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento (Colossenses 2:3) mas temos experiência de que isso é um fato? Uma vez que seja verdade que Cristo mora em nós, também suas virtudes e suas riquezas devem estar dentro de nós, a menos  que quem ocupa o nosso coração seja um “outro cristo”. Aqui está o confronto. Pode existir mentira em um coração que habita Cristo?
Pode existir engano religioso?
Mas a questão perdura sempre diante de nossos olhos. Se há uma morada em nosso coração, quem habita nele?
Jesus usa de modo pertinente a afirmação de que o relacionamento é correto quando temos um atitude correta. Hoje não está em moda o cristianismo pela obediência. Na tentativa de distinguir a lei da graça, muitos desenvolveram uma apologia negativa da lei, contrastando a graça como um oposto em todos os sentidos, o que impõe graves erros na cristandade. Mas os escritos joaninos denunciam essa apologia como um erro. Todo amor verdadeiro se associa com fidelidade verdadeira. A norma vigente nos valores bíblicos, é que amor segue obediência e fidelidade.
Tudo é morto em si mesmo, quando elas estão fora de Cristo, você pode imaginar o que significa ter a luz da vida? Não a luz que ilumina, mas a luz da vitalidade, a luz que concede vida. Isso é amplo e profundo, porque o próprio Cristo diz ser a ressurreição e a vida, ele também afirma ser a luz do mundo, então há uma concentração de vida e luz em Cristo, e onde ele habita? No nosso coração. Se isso não nos afeta, então existe algo errado em nós.
Todo o mundo interior pode estar cheio de fantasias sem vida, podemos criar um jardim no nosso quintal a partir de flores artificiais, a aparência pode ficar impressionante, mas não há vida, não há o néctar e nem o perfume, nem o desabrochar de nada, tudo morto, não há nem sequer um mínimo de vitalidade. Se Deus habita no coração, se Cristo habita no coração, se nosso interior estiver cheio da presença de Deus, tudo muda, dentro e fora de nós.
 O coração do cristão genuíno é santuário. “Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo, é nascido de Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou também ama ao que dele é nascido.
Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos.
Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados.”  (I João 5:1 a 3)
Tudo na vida cristã gira em torno do amor, mas o amor que procede a justiça de Deus, não o amor desenvolvido na religião humana. No amor cristão a obediência é algo fundamental, na verdade é o alicerce da vida afetiva com Deus.
 A vitalidade da vida espiritual está na presença de Cristo no coração, mas isso não significa um céu na terra, mas um confronto. Na verdade, para que a presença de Cristo seja constante, há a necessidade de fazer com que o negar-se a si mesmo também seja constante. Nessa  verdade entra outra realidade, que dentro de nós trava-se conflitos, porque Cristo quer tomar a direção da nossa vida, mas a natureza carnal também quer. Torna-se complexo o assunto, porque é nessa área que vimos tanta gente querendo ser cristã, porém querem que Cristo obedeça aos seus instintos egoístas, e não que Cristo seja de fato o Senhor de suas vidas. A idéia do cristianismo como uma religião utilitarista está profundamente enraizada no coração humano, por isso mesmo a idéia normal dos crentes atuais é de um “deus utilitarista” assim vimos como existe celebração no consumismo e como existe queda nas crises. A vida cristã não é feita só de dias de sol, que iluminam a nossa fé, há os dias de chuvas intensas para provar a sustentabilidade de nossa esperança.  Temos que ver as coisas como elas devem ser vistas.
 A vida cristã é moldado por realidades vivas, Deus Pai e Cristo Salvador fazem morada, Cristo afirma “Faremos nele morada”  isso é um caso de vida, Deus que vive eternamente, o Deus que sopra a vida no principio, olhe ao seu redor. As virtudes de Deus podem ser vista em toda a natureza, tudo está cercado de vida, no ar nas águas e na terra, a vitalidade sobre esse mundo é abundante, porque ele foi criado por Deus, Deus derramou um principio de vitalidade contínua sobre o mundo. Seu propósito com os cristãos na é diferente, Cristo falou que veio trazer vida abundante. Como essa vida é injetada em nós? Pela sua própria presença em nós. Que o Espírito Santo nos conceda a graça e o conhecimento necessários para que isso torne-se uma realidade plena em cada um de nós. “O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo.” (1 João 1:3)
 Nossos afetos estão de acordo  com essas palavras? Aqui está o âmago, o centro da vida espiritual, ter comunhão com o Pai e com o Filho, e como isso pode ocorrer em plenitude senão através da presença do Pai e do Filho em nosso coração.
 Agora, precisamos falar sobre algo que precisa  ser esclarecido, quando falamos sobre  morada do nosso coração, aqui se revela a plenitude da onipresença do Pai e do Filho, por se tratar de algo maravilho e profundo, nunca pode ser desconsiderado. Muitos não fazem idéia do que isso significa, mas dentro das paginas do Novo Testamento, vimos que essa era uma experiência verídica dos apóstolos e dos cristãos.
Creio que A. W. Tozer estava certo quando disse “ Por sermos espiritualmente preguiçosos, tendemos a gravitar na direção mais fácil a fim de esclarecer nossas questões religiosas, tanto para nós mesmos como para outros”  Isso é assim mesmo, veja bem. Qual é  a inclinação natural do homem de Deus? A presença do Onipotente no nosso coração nos inclina a que? A mar os mandamentos! A meditar e a praticar os mandamentos, vamos entrar novamente no caminho da obediência, porque todo o salmo 119 gira em torno dessa questão. Amor aos mandamentos, amor aos estatutos, há uma paixão desesperada, um amor radical pelos princípios de Deus, pelas leis divinas, no homem transformado. Porém queremos gravitar por um caminho mais fácil, e então desenvolvemos uma religião sem princípios, ou uma graça divorciada da obediência. É exatamente isso que vimos hoje, em certo sentido, o que leva nos leva a conclusão de que uma pessoa e verdadeiramente cristã? Seus dons ou seus frutos? Seu carisma ou seu caráter? Uma mente inquiridora precisa de disciplina, mas uma mente relaxada se contenta com as aparências. É isso!
 Saindo da área da obediência pela presença de Deus e de seu Filho, morando dentro de nós, passamos para outra questão de vida, e que a luz do Senhor nos ilumine aqui também: “Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com ele em glória.”(Colossenses 3:4) Há uma manifestação da misericórdia e do amor de Deus, ele manifesta a sua glória  através de seu filho em nós, há uma revelação, uma plenitude, um poder e uma presença dentro de nós, e isso é um processo que terá uma realização, pois esse Senhor que faz morada interiormente, se manifestará exteriormente, e se há uma morada presente dentro de nós, haverá uma morada futuro em que nos estaremos dentro da presença do Senhor, se há uma vinda até nosso coração, também haverá uma vinda que se consumará em um encontro e uma transformação. Aleluia! Isso é a realidade que nos conduz a luz da vida, é uma luz que nos leva para o Caminho, verdade e a vida.
 Falamos sobre morada do coração, morada celeste sobre a luz da vida, e talvez poucos percebam que hoje se fala muito em crer em Cristo, mas pouco se fala sobre o seguir a Cristo. Aqui está algo que precisamos nos deter por alguns momentos, porque seguir a Cristo, é algo com significados muito mais amplo do que crer em Cristo, não que crer seja errado, acontece que há um progresso, pois crer sem obedecer, ou crer sem seguir a Cristo, nos conduz para uma espiritualidade morta. Vimos Cristo inserido em mundo religioso, na verdade Cristo era um homem espiritualmente vivo em meio a uma geração de cadaveres espirituais. Olhe, siga a vida de Jesus no Novo testamento, voce verá ele numa esfera completamente diferente dos fariseus e saduceus. Ele transforma a agua em vinho, Ressuscita o filho da Viuva de Naim, Expulsa os demonios, dá vista aos cegos, repreende a tempestade, ordena Lazaro a sair da sepultura quando seu corpo já estava sepultado quatro dias, toma as crianças em seus braços, conversa e come com pecadores, perdoa mulheres adulteras, e conversa com mulheres de má fama, a esfera de Cristo é outra, está repleto de vida espiritual, completamente diferente da aridez do deserto da religião morta de escribas e fariseus. Seguir a Cristo nos conduz ao mesmo caminho, para a mesma direção. O destino de seguir a Cristo é a vida abundante, ele fala disso em João 15, cristãos são chamados para agir e frutificar, essa é uma ordem natural das coisas, quando se segue verdadeiramente a Cristo. O seguir não é um mero consentimento mental, crer em Cristo, pode ser apenas uma convicção alojada no coração, mas seguir a Cristo exige ação, mobilidade, transformação do meio em que vivemos, e jesus afirma: “Quem me segue não andará em trevas” isso não é algo normal. Não há coisas normais na vida de um cristão verdadeiro, tudo é extraordinario na vida cristã autentica. Assim foi na vida de Cristo, e ele deixou as pegadas, precisamos seguir seus passos. Seguir o Cristo vivo implica custo, crer não custa, o crer é uma questão de interioridade, e o seguir é uma questão de ação, decisões, confrontos, conflitos e lutas, conquistas e tantas coisas mais. Jesus fala sobre o preço de segui-lo quando diz que devemos tomar a nossa cruz e negar-se a si mesmo. Isso é extremamente radical, pense sobre esse assunto, e estude sobre essa verdade indiscutível tão bem cravada no Novo Testamento. A direção de Cristo, é para um mundo sobrenatural, de fatos extraordinarios, na nossa vida de experiencias. Não podemos simplesmente ficar amarrados pelas cordas de uma teologia morta, porque qualquer cristão biblico, seja ele cessacionista ou não, espera coisas extraordinarias por seguir a Cristo, como segunda vinda de Cristo, arrebatamento, ressurreição para a vida, Nova Jerusalém, novos céus e nova terra etc. É esse o caminho, seguir a Cristo é o lado exterior da vida espiritual, assim como ter nosso homem interno como morada dele, e o lado interior da vida cristã, tudo porém é real e verdadeiro, para quem de fato segue os passos do Cordeiro e foi lavado pelo sangue que ele derramou ali na cruz


Pr Clavio Juvenal Jacinto






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