quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

A firmeza de Daniel e Apostasia Moderna



Daniel é uma dos profetas da antiga aliança que sempre me chamou a  atenção, sua postura e sua firmeza são dignas de exemplo, não é admirável que Daniel tenha ganhado tanto o favor divino e tenha experimentado o poder de Deus em sua vida de uma forma tão extraordinária. Daniel é arrancado do meio de seu povo, da sua cultura, de seus amigos, de sua sociedade, da sua pátria, da família, e é levado como escravo para um  país estranho, para servir um monarca tão estranho o próprio império em que foi cativo: A Babilônia. A Babilônia se imortalizou na simbologia religiosa e nas paginas das escrituras, como simbolo da idolatria, da corrupção espiritual e da prostituição religiosa. Daniel é exemplo de firmeza espiritual (II Tessalonicenses 2:3 e Tiago 5:8)
Daniel vai para esse lugar estranho, houve uma escolha selecionada de jovens, que foram levados para a Babilônia, para serem preparados, para servirem a Nabucodonosor no palácio.(Daniel 1:3 e 4) Teriam que passar por um processo de tratamento e treinos, para que pudessem ter um preparo adequado para cumprirem suas funções no palácio do rei.(Daniel 1:5) Até essas alturas tudo bem, Daniel foi levado com muitos outros, o que não deixa de ser surpreendente, é que ele levou consigo a sua devoção, o seu amor, a sua fidelidade e o seu compromisso com o SENHOR.(Daniel 1:8) Aqui começa a diferença. Junto com o povo cativo existiam pelo menos quatros crentes fieis, os outros parece que se perderam na mistura, na adaptação e no sincretismo babilônico.(Daniel 1:17) Aliás numa situação tão extrema, cheia de decepções e tristezas, serem arrancados a força de sua pátria e entes queridos para ir até uma terra desconhecida símbolo da corrupção espiritual, poderia ser uma evidencia clara de que o SENHOR teria abandonado eles a esse destino tão doloroso. (Romanos 8:28)
Porém, Daniel não tinha essa perspectiva, porque a verdadeira fé não é condicional, ela pra ser verdadeira deve ser incondicional.(Habacuque 3:17) Hoje em dia, muita gente anda atrás de um deus que possa servi-los, mas não se interessam por um DEUS para servirem.(Colossenses 2:6) Para os anônimos do cativeiro babilônico, de que serve uma fé no SENHOR, numa situação tão dramática, tão dolorosa quanto serem levados escravos para uma terra distante. Se aparentemente Deus tinha abandonado eles, então eles também abandonariam a fé nesse Deus que os abandonou a essa realidade tão dolorosa.  Em Daniel 1:7 e 8 já no desterro, o chefe dos eunucos se encarrega do treino e do preparo dos jovens hebreus, mas Daniel toma a decisão, numa expressão clara das escrituras encontramos que ele propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei e nem com o vinho que ele bebia.  Daniel optou pela abstinência, e uma dieta vegetariana. Não sabemos ao certo, o que havia de errado na comida do palácio, alguns supõe alimentos sacrificado a ídolos, pode ser, mas as escrituras não falam sobre isso. O que importa é que Daniel tinha discernimento espiritual, e se recusou a se contaminar. Eis a questão, a lição que começamos a aprender. Não devemos nos contaminar, a idolatria contamina, o mundo contamina,  a corrupção contamina, a desobediência contamina. A força espiritual e o favor divino vão embora com a contaminação espiritual. Hoje a contaminação nos templos evangélicos começa com a idolatria, os ídolos cristãos modernos são seus cantores, seus pregadores famosos, com poder carismático de unir grandes multidões para promover o culto a  si mesmos, e por isso não é admirável que a imagem deles estejam estampadas até mesmo nas fachadas de seus templos.  Eis o que vimos hoje, senão um culto idolatra ao dinheiro, uma desesperada subida aos ideias materialistas, um convite a parar de sofrer e a ficar rico. Uma mensagem aguada, uma mistura de psicologia, técnicas de persuasão e um desdobramento de ansiedades próprias do homem caído, sua sede por querer a fama, o êxito, e coisas, cuja a fome se encontra no ego, no profundo do seu ser caído. Daniel não queria o melhor, que era a comida do Rei, mas queria o correto, e para isso se propôs a beber água ao invés de beber vinho. Nossa mortificação é o caminho da nossa consagração, e a pela nossa consagração vem o poder autentico do Espirito Santo sobre a nossa vida. A historia se desenrola, e o monarca tem um sonho perturbador, e chama os encantadores, os bruxos, os feiticeiros, o time completo dos ocultistas e espiritualistas da Babilônia, e é lógico, que para interpretar um sonho, pode se usar a ambiguidade, porém, o   rei se perturbou com um sonho, que se esqueceu.  A turma convocada teria que adivinhar o sonho e interpreta-lo.  E agora?
Não conseguiram adivinhar, então o rei é tomado de uma fúria descontrolada e manda matar todos os magos adivinhos etc. Isso incluiria Daniel, que não sabia da historia, era vitima inocente.  Porem, conversando com Arioque, pediu um tempinho pra orar, e foi procurar seus amigos(Daniel 2:18). Hoje em tempo de crise, quando está em risco a liberdade de culto, quando nos querem colocar na parede, tal como vimos nesse momento, a questão homossexual, não se convoca ninguém para promover um movimento nacional de oração, porque a igreja moderna, além de não ter uma unidade consistente, tem escandalizado o evangelho a ponto de muitas vezes não ter o direito de exigir correção dos outros. Essa é uma verdade dolorida, mas não posso esconde-la. É claro, existem as exceções, sei disso.  Mas olhe para o histórico da igreja nesse últimos dias, seus lideres envolvidos em escândalos, olhe para os políticos evangélicos dessas ultimas décadas, quantos deles saíram irrepreensível da carreira política? Olhe para a liderança envolvida com a maçonaria, enfim, é triste a nossa situação. O que menos se vê nesse ambiente é firmeza e abstinência da imoralidade e da corrupção.
Daniel está ali, orando e obtém o favor divino, o SENHOR  revela a ele, o sonho e a interpretação, e Daniel  salva a todos, um crente livrando os infiéis da morte. A segurança de seu próximo garantida pela sua equidade e por sua integridade diante de Deus.
Daniel está ali, firme, por ele passa Nabucodonosor, depois Belsazar e  em seguida Dario, mas Daniel está firme, é o mesmo homem e a mesma fé, a mesma integridade e o mesmo testemunho, nele não ha relativismo. Podemos usar isso como um crente que passa por três gerações sem mudar a sua postura, suas convicções e sua posição. Hoje a maioria esmagadora dos cristãos praticam o que condenavam ontem, não são crentes tipo Daniel que não muda, mesmo diante do relativismo moral, mesmo diante da mais negra apostasia. É como Elias, que com uns poucos não se dobram diante de Baal. A bíblia mostra pela vida desses homens,  que a fidelidade é para poucos. Basta apenas uma geração, para se concluir que o que era pecado antes agora não é mais pecado.  Assim vimos como não há firmeza em gente que pratica hoje o que  condenava ontem. Deus não pode dar seu favor, aos que não são firmes. E a firmeza espiritual é aquela  em que uns poucos se mantem firmes, mesmo quando todo mundo se prostra diante da estatua de ouro construída por Nabucodonosor. Havia uma escolha, para os três amigos de Daniel, ou devoção a estatua ou a fornalha de fogo. O que os lideres modernos escolheriam na mesma condição? A estatua era de OURO,  hoje em dia tem muita gente se prostrando ao ouro da Estatua de Nabucodonosor, Paulo nos fala que a avareza, o amor ao dinheiro também é idolatria. Por isso a realidade não está muito distante de nossos olhos, o que  precisamos é de visão mais ampla.  Daniel 3;18 nos mostra como a fidelidade era incondicional para aqueles crentes firmes.  A escolha era certa. Vamos para a fornalha, mas não nos prostramos a estatua de ouro e nem ao ouro da estatua.   Eis ai pessoas com verdadeiro compromisso, não amaram as suas vidas, não amaram a estatua de ouro, nem o ouro da estatua. Não havia neles ambição, temor, medo, covardia, relativismo moral. O que havia neles era compromisso com DEUS, a fidelidade a todo custo, ou a nossa fé não vale nada. As experiências diversas que teve Daniel e seus amigos são provas firmes de que uma fé com compromisso nos leva para níveis de experiências com DEUS, que não podem vir de outra forma.   Em Daniel 6, o profeta, por artimanha de seus inimigos, através de um processo sutil, é levado a cova dos leões, mas não é devorado por essas feras. Um homem com um grau elevadíssimo de espiritualidade, porém era homem. Havia naquela cova um santo, leões e um anjo. Foi a congregação mais estranha do Antigo Testamento, e eu não duvido, se ali não saiu um culto. Havia motivos de sobra para Daniel glorificar a DEUS e passar todo o tempo em oração. Os leões estavam com a boca fechada, mas certamente Daniel estava louvando e adorando a DEUS.
É hora de despertarmos do sono, olhar para nossa vida, e seguir o exemplo de Daniel e seus amigos, pois a Babilônia ainda existe de forma espiritual, os leões ainda bradam, buscando quem possa tragar. O SENHOR está procurando os fieis da terra, são alguns entre muitos na multidão, os uns que fazem a diferença, que ainda podem levantar mãos santas e servem a DEUS incondicionalmente, pois amam a ELE em espírito e em verdade


DEUS ABENÇOE A TODOS


Pr Clávio Juvenal Jacinto

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