terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Buscando oleo para vossas lampadas



Vivemos em tempo de escuridão moral e espiritual, já percebemos isso dentro dos próprios
templos, onde pessoas que se dizem cristãs se reúnem, vimos isso, pelo próprio testemunho
de gente que confessa o cristianismo vivendo uma vida sem submissão, sem obediência, sem
compromisso com a santidade. Um cristianismo superficial não contribui para destruir as
trevas, pelo contrario, ajuda na sua propagação. Eu não consigo encontrar um elo entre
cristãos antigos e modernos. A vida cristã de outros tempos, era uma vida de piedade,
compromisso, sacrifício e amor pelo SENHOR. Dessa forma, o caminho era sofrido, deixava em
seu curso, um rastro de lagrimas, mas a glória nunca deixava de brilhar no testemunho. Havia
um segredo; a outra geração tinha oração, não eram crentes que chegavam atrasados no
templo, mas chegavam na hora precisa, para orar, pois o prefacio de um bom culto é a oração.
Hoje há quem chegue atrasado no culto, e ainda quer ter moral de corrigir os outros. Não pode
haver manancial de óleo, na nova versão de cristandade que assola nosso tempo, uma geração
de gente movida por motivos pessoais, que não agüenta uma correção, que não oram, não
jejuam, vão em busca de fogos de artifícios espirituais. E fogo de artifício não espanta trevas,
não dissipa sombras, os foguetes espirituais dessa religião superficial, impressionam pelo
show pirotécnico, colorido, mas não tem origem na obra do Espirito Santo, é fogo estranho.
Não é fogo que nasce de uma vida santificada, não é fogo que nasce de uma vida consagrada,
não é fogo que provem dos princípios divinos, é fogo estranho que produz uma vida crsitã
estranha, divorciada dos pirncipios do Novo Testamento. Nós precisamos fazer alguma coisa,
estou pasmo, preocupado. Vejamos por exemplo, a grande onda de iniqüidade que invade
nosso tempo, e desafio os valores morais judaicos cristãos. Há forte mobilização da igreja, mas
essa mobilização é tão frágil, como uma luz que é produzida por miseras palhas de
tradicionalismo religioso nada mais. Não se convoca o povo para um jejum nacional, por
vigílias e orações, clamores, e não ocorre, porque a nossa sinfonia religiosa está desafinada,
uma igreja que quer lutar contra o aborto, contra a pedofilia, contra a imoralidade, é uma
igreja doente, sem exemplo moral, a profundidade no mal de Laodicéia, estado crônico de
materialismo, essa é a condição geral da igreja moderna. É claro, existem as exceções, sei que
tem muita gente no barco remando contra a maré da iniqüidade. Se nosso tempo é de trevas espirituais, só há um remédio contra as trevas: Luz. Isso é claro e
teologicamente correto, Jesus nos chama de luz do mundo, mas também em outra parte,
dirigindo aos mesmos ouvidos que ouviram sóis luz, ele também adverte “Se sois trevas....”
Jesus tinha muita familiaridade com a luz, ele sabia o significado e a importancia da luz, porque
a luz verdadeira é sinal de força, é sinal de revelação, é sinal de amplidão de visão, é sinal de
denuncia, é sinal de identidade.
Agora olhamos para o final de Mateus 25, não quero me deter sobre os aspectos escatológicos
da parábola das dez virgens, mas na essência da sua mensagem: Para que não falte luz,
necessário é que antes não falte óleo. Pode um cristão ou uma congregação ter o puro óleo
que produz o fogo divino e purificador, sem ter uma vida de devoção intensa, um
compromisso serio com a oração, com a santidade, com o amor a Deus e com a sã doutrina?
duvido!
Estamos vivendo um engano, pensamos que podemos testemunhar milagres verdadeiros
vivendo uma vida cristã falsa. Acreditamos que não há mais nada a fazer, a não ser declarar a
posse de nossos direitos, e viver um triunfalismo religioso de expectativas materialistas, para
satisfazer nossas cobiças internas escondidas dentro do nosso coração. Nosso hinos,
impregnados de triunfalismo pessoal, centralizado na necessidade de um homem, carregado
de energia psicológica, já diz tudo. O sofrimento por exemplo se tornou em algo inaceitável na
visão dos crentes modernos. Uma vida de dor, é sinal de pecado, de algo errado, esse
cristianismo tipo “amigos de Jó” circula livremente em nossa sociedade, em nossos púlpitos.
Tornou-se inadmissível um cristão ir ao lagar ou a olaria divina, em nosso tempo. Ao olhar a
biografia de John Bunyan ou Andrew Murray, como na escola do sofrimento, a fidelidade
acendeu uma luz produzida por um óleo celestial tão rico em bênçãos que a tocha de Mjurray
e Bunyan ardem até hoje através de seus escritos. Se não fosse o testemunho e o legado
desses homens, o que seria de nós. É o fogo do testemunho de irmãos do passado que ainda
iluminam o caminho de quem deseja ter um serio compromisso com Deus .
A parábola das 10 virgens, consta em Mateus 25:1 a 13. Ela tem cunho escatológico, e fala
sobre 10 virgens, classificadas como cinco prudentes e cinco imprudentes. No decorrer da
historia da parábola, de acordo com o texto, as virgens imprudentes não trouxeram óleo,
combustível para suas lâmpadas. Com o passar da noite, as lâmpadas dessas virgens
começaram a apagar-se, elas notaram isso, e pediram as prudentes que dessem óleo.
O que vemos aqui? Primeiramente o descuido
Aquelas virgens não foram cuidadosas, mas foram nescias, não calcularam sobre o fato de o
noivo demorar, nem clacularam qual a duração de uma lâmpada de azeite, sem precisar
reabastecer. Uma vida descuidada, é próprio de nosso tempo. A vida moderna nos coloca
muito tempo em frente as coisas superficiais, a TV, a Internet, e essas tecnologias nos trazem o
conforto, e o conforto nos leva para superfluidade. Não há necessidade de oração, de
comunicação com Deus, não há necessidade de relacionamento. Porque os milagres nos são
oferecidos de forma “enlatada” ou de modo “macarrão instantâneo” pelos tele-evangelistas e
pregadores midiáticos, que pregam e barganham milagres,por ofertas em dinheiro, e não por
uma vida de oração, consagração e clamor nas altas madrugadas. Estamos vivendo o tempo da enxurrada de bíblias de estudos, e nunca vimos pregadores com
tão pouca unção, e tantos analfabetos espirituais como agora, é lógico que sempre existem as
exceções, mas essas exceções são raras em nossos dias.
Em segundo lugar, vimos nas cincos imprudentes, uma vida despreocupada. Parecia que não
era de grande importância a vinda do noivo. Elas eram como que centralizadas em si mesmas,
egocêntricas. O centro não era o noivo. Sair para comprar óleo, era correr o risco de perde-lo,
mas elas saíram. Por isso não calcularam o risco. A tanta gente despreparada, despreocupada
em nossos dias, digo isso de forma a faze-los entender, que na verdade só se preocupam
consigo mesmos. Há tanta gente dentro das igrejas que não suportam uma correção, não tem
um mínimo de humildade, vive inchado em sua carnal compreensão, são nescios, supondo que
a vida cristã pode ser vivida de qualquer maneira. Hoje existe uma horda gente sem
compromisso, que fizeram do cristianismo uma religião cerimonialista, destituída de vida e
amor. Seguem a risca um programa litúrgico acompanhada de formulas mágicas de êxitos
pessoais e isso é tudo. Não é o conforto que produz óleo, não é ficar em frente de uma
televisão, dormindo até tarde, fazendo churrascadas aos domingos, e cumprindo a risca a
programação eclesiástica, que vamos produzir óleo para as lâmpadas. O óleo, símbolo do
Espírito Santo, só se torna realidade quando produzimos frutos, e só produzimos frutos
quando nossa vida é consagrada ao Paraclito prometido, o Espírito Santo de Deus. Na vida
natural o óleo é produzido por um esmagar de fruto (A oliva por exemplo) isso acontece por
meios trabalhosos, no labor intenso, se seguirmos o contexto dos tempos bíblicos.
Precisamos produzir óleo, nossas lâmpadas não podem se apagar, a meia noite é chegada, o
tempo de escuridão é um ambiente propicio para ataques espirituais, pois as trevas é o
ambiente de ação das potestades malignas. A iniqüidade tem se multiplicado muito em nossos
tempos, porque o espaço da escuridão se ampliou muito. É tempo de acender mais as nossas
lâmpadas, intensificar mais o fogo espiritual verdadeiro, mas isso é impossível, se nossas
vasilhas estiverem seca

Clavio Jacinto



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