terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Jonas e a direção do homem de DEUS



A história de Jonas é uma história de descidas, antes de ser uma história de restauração. Ela começa com uma chamada, bem no começo do livro, o Senhor chama por Jonas, filho de Amitai, e então dá as coordenadas da sua missão.  Clamar contra a cidade de Ninive, capital da Assíria. Conhecidos por requintes de crueldade, esfolando vivos seus inimigos e praticando toda sorte de atrocidades aos derrotados em batalhas, eram os Assírios, alvo dos mistérios da misericórdia de DEUS. Mas Jonas tinha um modo particular de ver as coisas. Ele se levantou, e desce a Jope, cidade portuária, para ir em direção oposta, contrária aos decretos do Altíssimo. A primeira descida de Jonas para Jope, é antes de tudo, uma descida para a desobediência religiosa. Jonas não negou a sua missão. Com certeza foi ministrar seus dons proféticos, para um povo menos cruel, e na visão dele, como mais merecedor de misericórdia. Afinal de contas, Tarsis também era uma cidade gentílica, e seus habitantes estavam perdidos.
A reação de Jonas é digna de uma analise, tendo em vista que ele queria servir a DEUS ao seu próprio modo. Não lhe interessava o que DEUS queria, para Jonas, era inaceitável o que DEUS determinava. Nínive não! Esse é um caminho perigoso, é um caminho difícil. Tarsis é mais fácil.
Muitos são como Jonas, querem servir a DEUS pelo caminho mais fácil. Assim, mesmo adotando uma fé em Deus e tomando uma direção oposta, não querem a direção da cruz, não querem a direção da santidade, não querem a direção da separação do mundo, não querem obedecer incondicionalmente a DEUS.  Portanto a direção que tomam não é para o  alto, mas uma descida.  Nessa direção é preciso racionalizar, colocar lógica nos ideais da apostasia pessoal.  Se a direção for Nínive, há o risco de ser morto, encarcerado, zombado, mutilado. Que conceito vão aos assírios ter, de um homem solitário, estrangeiro, em terra alheia, gritando para os ninivitas sobre um juízo que o Deus de Israel  irá trazer aos ninivitas? Como você pode ver, foi possível fazer uma estrutura racional e lógica para não ir a Nínive. Além disso poderia ter Jonas ainda sucumbido a tentação de se omitir a ir para Nínive, contando que a sua omissão, traria juízo certeiro sobre a cidade gentílica, e então seria um modo de sob um ponto de vista humano, varrer os ninivitas da face da terra. Ou seja: será bem feito para eles, mereciam, pois eram os terrores da antiguidade. Isso livraria os israelistas de correrem o risco de serem alvos desse povo belicoso. Racionalmente, havia justificativas de sobras para Jonas não ir. Humanamente parece tudo muito certo, Jonas teria bons motivos para não obedecer. É exatamente o que acontece com grande parte dos evangélicos de hoje. Raciocinam com base em argumentos cuja aparência parece ser revestida de piedade, mas que no fundo é uma mentira descarada, uma desobediência com aparências de piedade, é uma malignidade que assola o coração daqueles que não querem obedecer a  DEUS. Estamos vendo disso, aos montes hoje em dia.
A segunda descida, ao navio, mostra que Jonas escolheu um caminho fácil para obedecer. Hoje ouvimos muitos argumentos contra os princípios bíblicos, principalmente com relação a castidade, ao pudor e ao tipo de vestes que o cristão deve usar. Ao invés de escolherem obedecer sem restrições, os Jonas modernos, raciocinam com base na falsa piedade: classificando tais coisas de legalismo, ou argumentando que Deus só quer o coração. Admiro-me como as coisas falsas são tão poderosas par anestesiarem a consciência dessa gente que ouve a voz de Deus, sabe a direção que deveria tomar, mas toma um caminho contrario, pensando que ainda estaria  dentro do plano de Deus. O engano religioso atinge mais profundo o coração e causa danos irreparáveis no  destino daqueles que não estão dispostos a darem meia volta. Que tragédia! Jonas desce ao navio e novamente em seu processo de descer, vai para o porão do navio dormir. O lugar é escuro, é um lugar de carga, de ambiente mais confortável, embora seja um lugar fisicamente obscuro. Atinge assim a visão de Jonas. Sua visão está agora limitada a um compartimento e escolhe entrar  no mundo da dormência. Meu DEUS!
Quando DEUS resolve intervir nessa rebelião pessoal, manda uma tempestade cruel, e coloca em risco todos os integrantes  daquela viagem. Veja bem, um homem errado em seus conceitos e em sua teologia, coloca em risco a vida de muita gente. Imagine quantas pessoas estão sendo enganadas por lideres que não qualificam de desobediência, aquelas coisas que aos olhos humanos parecem tão certas, mas que são claramente reprovadas por Deus!  Quando um líder prega e ensina que o povo deve andar em direção contrária ao que  DEUS determinou, milhares de pessoas vão descer ao sheol, aos lugares mais obscuros do mundo espiritual, muitos desses para um destino irreversível. O caminho contrario a vontade de DEUS pode ter um percurso fácil, pode ter momentos fantasiosos, mas terá um destino trágico. Creio que você entende todas essas colocações que estou fazendo.
A história de Jonas tem uma conversão de direção, porque DEUS atuou de uma forma radical. Nem sempre as coisas são assim. O profeta resolveu fugir da face do  Senhor, não  significa que ele abandonou a fé, continuou como um homem distinto  dentre os demais no navio.  Em Jonas 1:8 ele faz uma  confissão pessoal, diz que é Hebreu e teme ao SENHOR. Mesmo diante dessa confissão, suas atitudes eram contrarias a sua  fé. Temer a DEUS  e não obedecer a DEUS é algo um  tanto desconcertante. Assim vimos que a reação dos que andam  em direção oposta a vontade de Deus, podem reclamar uma identificação  como pertencendo ao povo de DEUS ou como crente no DEUS altíssimo.  Porém a direção é contraria a vontade do  DEUS que assume crer e confiar. Toda a estrutura cristã confessional transforma-se em ruínas, se o alicerce não for a obediência.
Amado leitor, não importa o quanto você confesse amar, temer e crer em DEUS, se a sua direção não condiz com a vontade de DEUS, você corre perigo. Você pode dizer, que o caminho da ortodoxia cristã, é um caminho antiquado, que os valores éticos judaico-cristãos estão ultrapassados, você pode argumentar que os ensinos bíblicos relativos a santidade, separação do mundo, negação do eu, pudor, castidade, mortificação da carne etc. , são difíceis de serem aplicados, você pode argumentar, desenvolver a lógica, para argumentar contra tudo isso, e viver um cristianismo completamente mundanizado, mas lembre-se que isso é a direção contraria a vontade de DEUS. A direção que Deus determina vai contra a nossa visão de ver as coisas. Ela não foca o temporário mas o eterno. A direção de Deus é contraria aos valores do  sistema cósmico caído. Deus padroniza a sua direção, o mundo também padroniza seus  falsos caminhos. O caminho de DEUS é um caminho seguro, mas os caminhos do mundo são pedras sobre areia movediça, mesmo que os pés do homem que anda fora da direção de Deus pareçam firmes na pedra, mas as pedras dos caminhos da desobediência não estão firmes no chão....e em todas essas coisas que tenho exposto,  você escolhe a direção.
Porque o Senhor conhece o caminho dos justos; porém o caminho dos ímpios perecerá. Salmos 1:6


Pr Clavio Juvenal Jacinto


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