terça-feira, 7 de abril de 2015

Ossos Secos




Ossos secos sem vida
espalhados
Silencio, inércia, o vale da morte
Sossegado
Campo árido, grãos dos mortos

Ossos sem vida, ressequidos
Sem instintos nem ais
Restos de sonhos insepultos
Jardim sem ruídos, berços da paz
Porto da batalha
Mar estranho sem cais

Ossos sem cores, nem alma
No campo inertes, a calma
No vale seco, no chão frio
Cena bucólica, fonte de calafrios
Soldados feridos na terra
Filhos da espada paridos na terra


Ossos secos: ouçam o clangor
Não é um vento, nem dois tormentos
é um impeto da fé e do amor
Levantai-vos, restos de adversidades
Sopra a vida, a profecia, a força da verdade
Saiam dessa lúgubre paisagem
firmem vossos artelhos, no sopro dessa aragem

Firmai os pés nesse chão batido
Erguei os vossos olhos, a vida retornou
O Filho do homem sobre vós
Profetizou
A santa ordem, o alento do Senhor
Dai brados de vitória, Cantai ao Deus
De toda a glória

Desde então os ossos desmontados
Em ordem se juntaram
Em bravos soldados, transformados
No vale da vida, bradaram
Santo! Santo! Santo!
E eu me derramei em prantos
Grande e Poderoso és tu Senhor.


Inspirado em Ezequiel 37

Clavio Juvenal Jacinto
Igreja Evangelica Caminho da Paz
Paulo Lopes SC

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