quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Mundo do Desespero e Evangelho da Esperança

Mundo do Desespero evangelho da esperança


O ano passado li um livro de Viktor Frankl, “Em busca de  Sentido” Frankl foi um judeu, sobrevivente dos horrores dos campos de concentrações nazistas, durante a segunda guerra mundial, atualmente li e pesquisei sobre o livro de George Orwell, cujo titulo e sua obra maior é “1984”.

George Orwell (1903-1950) foi contemporâneo de Viktor Frank (1905-1997) ambos viveram no período entre primeira e segunda guerra mundial, tempos obscuros, onde a crueldade do homem, o fanatismo político e a maldade chegaram aos extremos. Orwell, tornou-se um autor celebre, sua  obra literária “1984” é um épico da obscuridade humana. Um mundo dominado por três potencias, e o centro da história é um personagem chamado Winston Smith, que vive uma sociedade obscura, uma ditadura intolerante, um mundo escuro, onde a privacidade morreu e o controle total sob o individuo predomina de forma terrível. O mundo orwelliano é um mundo sem esperança, o “Grande Irmão” é o líder supremo, um ditador invisível, mas que tem uma onipresença quase absoluta através de uma tecnologia avançada, que consegue manter o controle de tudo o que está em seu domínio tirano. Nesse mundo miserável, totalitário, ideias são consideradas como crimes com sentenças de morte. Orwell traçou um mundo sem esperança. Talvez essa era sua perspectiva de vida, vendo os horrores da segunda guerra mundial, Hitler tentando invadir a Inglaterra, o predomínio do nazismo na Europa, o regime totalitário nazista assombrando o mundo, com o terror da guerra. Da mesma forma, outra tirania predominava na antiga União Soviética, Stalin era o líder supremo do bloco soviético, outro líder político, tão nefasto quanto Hitler. Orwell parecia ver o fim de uma humanidade “capitalista” para dar lugar a um mundo inóspito para os que desejam viver a liberdade. Não há esperança no mundo orwelliano. Sua obra talvez refletisse a sua crença. O mundo como ele conhecera, chegava ao fim. A humanidade pós-guerra seria uma humanidade presa em regimes totalitários vivendo uma vida sem liberdade e na miséria, debaixo do controle total do “grande Irmão”. Viktor Frankl, também conheceu os horrores da guerra, ele mesmo sofreu  as terríveis penalidades impostas pelo regime nazista, pelo crime de ser judeu. Sobreviveu ao campo de concentração de Auschwitz, viu a morte e o terror frente a frente, a dor, as mais duras provações e os mais lacerantes sofrimentos nos campos de concentrações. Era um mundo muito mais inóspito do que a “Oceania” de Orwell,  o regime nazista era bem mais obscuro do que o regime do “Grande Irmão”. Frankl no entanto, escreve “Em busca de um sentido” e nas paginas que escreveu, narrando suas experiências de dores, incertezas e sofrimentos, que mesmo numa situação de extremo sofrimento, com o mínimo de chances de sobrevivência, o homem que acha um motivo para continuar vivendo, consegue forças para superar as mais intensas aflições, mesmo que tudo esteja desabando a sua volta. Frankl vive uma realidade, Orwell vive uma ficção. O que Orwell teria escrito, que sobrevivesse aos campos de concentração e fosse testemunha ocular dos mesmos sofrimentos que Frankl testemunhou e experimentou? Mas o livro de Frankl é extraordinário no sentido de demonstrar que pode existir esperança em um mundo completamente inóspito a ela. O terreno que Frankl pisou era mais duro, o solo era mais contaminado pela maldade humana, mas mesmo ali, a semente da esperança germinava naquelas pessoas,prisioneiras de campos de concentração, que morrendo, nutriam a esperança de lutar pela sobrevivência, porque pensavam em seus filhos, esposa, família, etc.

O homem, filho de Adão foi jogado no mundo, e nesse lugar inóspito nasceu a civilização, o berço da civilização, foi uma família que foi expulsa do Eden. Era um mundo já inóspito em seus princípios. Lá nas eras mais remotas, vimos um irmão matar outro irmão (Caim e Abel) Ninrode estabelecendo as bases de uma civilização moralmente decadente e violenta. Essa é a historia do homem adâmico. Nem mesmo o evolucionismo ateísta foge a regra das escrituras. A historia do homem é uma luta de sobrevivência. Na escalada evolucionista o mais forte e o mais apto vence.  Nas escrituras, nem sempre o mais forte é o mais apto para vencer (Davi e Golias) e na vida comum, nem sempre o mais apto e mais forte vence. Para que a civilização aos moldes ateísta chegasse numa perfeição humanista, os mais inteligentes deveriam ser os vencedores na luta da escalada evolucionista, mas isso não ocorre. O historia mostra que os tiranos vencem, os ditadores vencem, e como aconteceu na segunda guerra mundial, muitos intelectuais morrem... A bíblia nos concede um caminho, não da força, mas da intelectualidade, como um meio para fundamentar uma sociedade mais justa (Provérbios 16;16) A ganância, a fome desesperada pelo poder, o amor ao orgulho, a tirania para dominar os outros, isso é o que predomina na sociedade humana durante todas as eras. A evolução é uma política de crueldade, no que concerne a aptidão para merecer a vida ou não. É uma guerra de química e de forças biológicas, que por fim não leva a nada, apenas a conjectura de que se vive algumas décadas nesse mundo. Por fim não há esperança, todo o evolucionista é um orwelliano no final da própria vida. Porque acredita que está indo para um futuro sem esperança. E de fato é um sentimento imperceptivelmente ambíguo. Por quê? Sem crer no evangelho, não há esperança de qualquer jeito...


Frankl mostrou ao mundo que a esperança brota do monturo da maldade humana. Os evangelhos também revelam que Deus concede esperança em meio aos pecados do homem caído.  A obra de Orwell é magnífica, ela ensina a lição de que o homem que tenta dominar o mundo, domina-o de forma sempre tirana.  O homem é o que o poder lhe concede, ao romper as estruturas de uma moralidade, expulsar a crença da sociedade, ao fazer predominar o relativismo, o homem confia em si mesmo, para resolver seus problemas existenciais, e acaba cavando um abismo para fazer escoar a própria sociedade que pretende implantar. Os evangelhos, e a vida de Cristo, mostram um lado mais luminoso, não é maravilhoso que Cristo seja chamado de Estrela da Manhã nas escrituras?. Ele conduz o homem a uma aurora iluminada pelo sol da justiça, não para um mundo orwelliano onde reina o desespero, a incerteza e a falta de perspectiva espiritual. A oração de Paulo era para que seus leitores alcançassem uma esperança mais pura de acordo com o plano de Deus “Oro também para que os olhos do coração de vocês sejam iluminados, a fim de que vocês conheçam a esperança para a qual ele chamou, a riqueza da gloriosa herança dos santos” (Efésios 1:18)

Num mundo onde as incertezas germinam em abundancia por causa das ações malignas do homem, Deus em Cristo, nos revela uma bendita esperança. A luta na vida cristã não consiste em ser o mais apto e mais forte, mas em ser mais santo e mais humildade.   A vida é uma CSA onde janelas podem ser abertas, por essas janelas encontramos muito mais do que conhecemos em seu interior. Todos nasceram com uma sentença de morte, na perspectiva cristã, a compreensão da morte é mais profunda, é mais aperfeiçoada. Não é apenas um cessar da vida biológica, mas também um cessar da vida abundante e espiritual. Jesus, veio nos dar vida abundante, ele mesmo declarou ser o caminho a verdade e a vida. Nascemos em pecado, e com uma condenação imposta pela nossa posição em Adão, mas Cristo Jesus, o enviado do Pai, morreu em nosso lugar La na cruz. O mundo jaz no maligno. Orwell traçou um caminho na sociedade, Frankl  traçou outro. E a lição final é que, mais do que Orwell e Viktor Frank, O Senhor Jesus Cristo nos mostra um caminho onde a esperança nasce e nunca morre. Ele convida”Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei” (Mateus 11:28)



Pr Clavio Juvenal Jacinto
Paulo Lopes SC

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