quinta-feira, 27 de julho de 2017

A FÉ DO HOMEM REGENERADO

A fé não uma força que pode estar sob nosso controle, e que pode ser usada para satisfazer a nossa vontade pessoal, na pior das hipóteses, não é uma força espiritual que pode mover as mãos de Deus favoravelmente em prol de nossos desejos. Também não é uma força de ação, um poder que emana de nossa vontade para criar uma realidade como se fossemos pequenos deuses.  Segundo alguns teólogos e defensores carismáticos, a fé é exatamente isso: uma força poderosa, tangível e condutora. Mas isso é um erro, um erro grave, uma distorção de uma doutrina central das escrituras. O justo viverá por fé (Romanos 1:17) e sem fé é impossível agradar a Deus (Hebreus 11:6) A fé não é um pensamento positivo, não é uma força de vontade capaz de tecer a teia do destino humano, nem tampouco é um otimismo capaz de pavimentar o caminho de nossas realizações. A fé  também não é uma força da nossa vontade, capaz de materializar os nossos mais profundos desejos, não é uma palavra de ordem que comanda um “deus” serviçal utilitarista, que está pronto a ouvir as ordens humanas. Tal fé conduz o homem para outro evangelho, pois cria uma falsa divindade.  A fé não é isso. Qualquer pessoa que lhe ensine isso, como se fosse fé, é um falso mestre.  A fé é uma confiança plena na misericórdia e  na soberania de Deus, é confiar no Senhor, numa entrega incondicional aos seus cuidados. Fé é acreditar que “Todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo seu propósito” (Romanos 8:28). Fé é prostrar-se diante de um Deus bondoso, entregar nossas suplicas e petições e dizer “Seja feita a tua vontade assim na terra como no céu”(Mateus 6:10) A definição clara da fé é “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem, porque por elas os antigos alcançaram testemunho. Pela fé entendemos que os mundos foram criados; de maneira que aquilo que se vê não Foi feito do que é aparente”(Hebreus 11:1 a 3) Abraão é nosso pai na fé, porque ele creu contra toda a evidencia, sabendo que a providencia divina era favorável a sua confiança sincera. Isso é fé. Paulo declarou que viver é Cristo e morrer é ganho (Filipenses 1:21) porque ele acreditava piamente que a nossa pátria está nos céus (Filipenses 3:20) Para termos verdadeira fé, precisamos também ter paciência (Apocalipse 13:10) porque muitas vezes o Senhor prova nossa confiança como fez com Abraão. O fim da verdadeira fé não é a aquisição de bens, conquistas pessoais ou de impérios pessoais, mas sim a experiência  da nossa salvação (I Pedro 1:9) Assim entendemos que se o foco da nossa fé são nossos caprichos, desejos e sonhos pessoais, se a fé que temos é para a nossa  satisfação egoísta, se a nossa fé não está centralizada em Cristo e na sua obra suprema e perfeita, nossa fé é vã, é enferma, é uma falsa fé. “E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação e também é vã a vossa fé (I Coríntios 15:14) A fé tem seu auge quando confiamos na obra redentora de Cristo, a fé é a satisfação plena do homem piedoso, que mesmo passando por duras provas, tem a certeza de que Deus está no controle de todas as coisas. A fé é uma confiança na graça divina, o caminho da gratidão que nos conduz ao ato sagrado de agradecer a Deus por tudo o que recebemos dele, sem qualquer mérito da nossa parte. Essa é a fé que uma vez foi dada aos santos (Judas 1:3)


Clavio J. Jacinto

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