sábado, 3 de fevereiro de 2018

A DOR E A GLORIFICAÇÃO


Uma das passagens mais intensas relativa a vida eclesiástica é a carta de Cristo a Esmirna (Apocalipse 2:8 a 11) é uma carta curta, cheia de palavras  que pesam a condição daquela igreja. Ela poderia ser chamada de a igreja de todas as aflições. Seus membros debulhavam a dor e o sofrimento e comiam do pão das aflições. A igreja de Esmirna era um alvo de satanás, era uma igreja sob constante ataque. Porque o diabo atacava tanto essa igreja? Ali encontramos a palavra tribulação, padecimento, prisão por causa da fé, tentação e por fim a exigência fundamental da fé cristã: Ser fiel até a morte. Essa igreja estava sendo provada a "ferro e fogo". Não encontramos nada mais do que isso. O sofrimento era o selo de Esmirna o orvalho da espiritualidade dessa igreja era o gotejar da amargura por causa das duras provas. Mas não se engane, eles eram firmes e constantes, a carta de Cristo era um aviso que eles estavam sendo assistidos, por tais aflições amargas,havia um suave e doce vinho de consolação: Receber a coroa da vida e a vitória espiritual completa para não sofrer as consequências do dano da segunda morte. A condição da fé dos crentes de Esmirma deveria ser de firmeza, não haveria para eles algo como festas, shows, entretenimento, apenas o batismo das aflições. Eram espetáculos para o mundo, carregavam as marcas das aflições de Cristo. Não havia espaço para a ilusão, o materialismo era algo distante da teologia deles. Nesse mar intenso de dores, a assistência de Cristo era o bem mais precioso para aqueles irmãos. Não havia o triunfalismo imediatista em suas canções, não havia o êxtase e os arrebatamentos emocionais produzidos por mensagens de auto estima ou misticismo magico. A realidade deles era sustentado pelo fato de sofrer por Cristo, com Cristo e em Cristo. Não havia uma promessa terrena de conforto, "E tereis uma tribulação de Dez dias" e "O diabo lançará alguns de vós na prisão" essas eram as palavras de Cristo, toda a consolação estava reservada para o além e não para essa vida. Aqui está a essência do verdadeiro consolo, pois a sede da alma humana só pode ser saciada pelos mananciais refrescantes que procedem do trono de Deus. Não há palavras mais consoladoras do que ouvi dos lábios santos e imaculados de Cristo "Vinde benditos meus" não há experiencia mais plena de consolação do que"Deus enxugará todas as lagrimas". A noite das tribulações passam, a Estrela da manhã um dia resplandecerá, e então passará o céu e a terra, chegará o dia de Cristo e  toda a sua igreja desfrutará do triunfo eterno, o vale da sombra da morte é um trajeto mas os novos céus e a nova terra é o destino final.

CLAVIO J. JACINTO

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